quarta-feira, 9 de junho de 2010

Era

Era uma vez uma história de dois corações
Dois pulsares batendo no mesmo rítmo
Desde quando se enlaçaram numa noite de terça-feira
Sorriram juntos,sonharam juntos
Não queriam mais se separar.
Nunca perdiam o compasso,era incrível
Amanhecia e anoitecia
E só existiam os dois no mundo.
Era um amor gritante
E esse amor explodiu
E se perdeu...
Um coração parou de bater.
Houve várias tentativas de reanimação
Mas não teve jeito.
E o outro coração que batia muito acelerado
De medo
Entrou em colápso.
O sofrimento tomou o lugar da alegria
Mas pouco a pouco
Os corações voltaram ao seu compasso habitual
Porém,não estavam mais enlaçados
O sofrimento que parecia inacabável
Acabou
Porque nenhum amor dura para sempre
E também nenhuma dor
Todos viveram felizes para sempre
Fim.

Laís Correia
(07/06/2010)

Renascença

Ser vida e sentir que é vivo
Ter vívido a vivência existencial
Existir.
Nascer a cada nascer do Sol
E sorrir
Ter vida para quê?
Para viver.
Sofrer para sentir a necessidade de não sofrer
O que seria da humanidade sem a dor?
Ela nos motiva a viver
Mas só os vivos conseguem essa proesa.
Quanto mais empuram-no para baixo
Mais erguemo-nos com maior impulso
Como uma mola.
Mas somente os vivos conseguem
Os outros,não.
Eu existo
Eu existo
Eu nasci para viver
E ponto de continuação.

Laís Correia
(15/05/2010)