sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Memórias didáticas

Professores ensinando
Alunos aprendendo
Tábulas raras
Celas de aula.
E então não há ensino
E então não há aprendizado.
Escola professor aluno
Interação.
A voz do aluno sendo ouvida
As letras saindo do papel
Vão correndo pelas ruas
Dar aulas pelas vielas
Da realidade negra e branca
Que se misturam.
Aprendizado ao ar livre
Livre aluno autônomo
Da escola do futuro.

Laís Correia
14/12/12


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Pedido

Sem você
Tristeza atinge tão
Que até a música parece ferir
E os passos são fardos de um retirante
Caminhando para um vago destino.
Fica perto que lhe dou afago
Para uma vida inteira
E para além da vida
Não me deixe sem o Sol
Sem você.



Laís Correia
30/09/2012

terça-feira, 25 de setembro de 2012

De fôlego e coração

Testo meu texto no parapeito da minha janela
Para que o vento sopre e embaralhe todas as letras
Reinventando a realidade não simplória
De rígidos sorrisos
Mas de fôlego e coração
Onde a flor não é flor
Porém vivificada em pluricoisas
Como a coisa que acabei de inventar agora
E flui
Ai como flui!
Quem será capaz de cessar?
A convenção talvez
Sepultadora de ideias.
Palavra carne e osso
Psico- fisiológica e sentidos
Isso é verso
Isso é vida
Isso é livre.

Laís Correia
25/09/2012


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Circuito

A vida é um círculo
Circuito infinito
Por vezes, branda
Por vezes, pranto.
E assim se vai
E vem
Até parar
E aí não haverá mais nada
Nem risos nem lágrimas.
Uma folha cai.
06:00 hs pessoas acordam rotineiramente .

Laís Correia
22/09/2012

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Tem que ter


Tem que ter amor
Suspiros e arrepios
Luz, cor e lírios.
Em minha frente a sua face florescer
Na noite fazer o Sol nascer.
Tem que chamejar
Rir e rolar
Na beira do mar.
Tem que palpitar com a sua melodia
E nos olhos saírem lágrimas de alegria.
Não pode ser utopia
Tem que ter
Tem que ter amor.


Laís Correia
20/06/2012



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Guia

Na noite de fluidas revelações
A coruja guia minha solidão.
Ave noturna
De espantosa percepção
Enxerga no breu do meu olhar
Constantes mutações.
E agora tenho- lhe como meu talismã
Como fora nos ombros de Atena
Desvendando invisíveis verdades.
Criatura exótica e estranha
Revela que eu não posso chorar
Me ensina a não me iludir
Mesmo diante da escuridão.
Ave de rapina
Furta a minha tristeza
E traz- me a sabedoria da vida.


Laís Correia
18/06/2012



sexta-feira, 15 de junho de 2012

Palavras doce rio

Rio doce palavras
Palavras não faladas
Palavras escritas
Deito-te deleito
Na sua água morna doce.
Minhas mãos são calhas
Escoando o seu líquido verde palavras
Desaguando no papel
Sentimentos e sensações
Que a boca flor não deixa brotar.
Escritas as palavras singram envolventes
No rio doce de águas mornas.

Laís Correia
15/06/2012


quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sentindo a vida

Me esvaziar
Encher
Me compactar
Crescer
Me esconder
Aparecer
Limpeza da alma...
Eis a conclusão
É preciso nos isolar
Para percebemos quais são as pessoas que nos fazem falta
É preciso perder para nos achar
O que temos nos distrai
O que não temos, buscaremos
Me absterei do “ter”, para “ser”.
Cansada desse mundo de padrões e regras
Onde se abraçam e beijam por etiqueta
Viajarei para um lugar acolhedor
A minha alma
E lá descobrirei todo sentido da vida
Sentindo a vida.


Laís Correia
01/06/2012

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Então será assim

Tenho um fraco pelo difícil
Contradição!
Por querer-te tão facinha
Assimbemcoladinha.
Sem vacilo!
Não quero ser um reflexo de amor
E nada mais
Tomarei a pílula
Lerei a bula. Prometo.
Degustarei o gosto das lágrimas
Para consultar o gosto pagão dos inconsoláveis.
Mas chega de palavras a choramingar
Elas já estão começando a inchar
Não!
Surfarei nos novos raios.
Que pena que o Sol dos novos tempos
É demasiado claro para ela.

Laís Correia
10/05/2012



sexta-feira, 4 de maio de 2012

O amuleto

Sorte ou azar
O amuleto estava em minhas mãos
E agarraste para o peito
Agarraste ainda mais forte
Quando tentei tomá-lo de volta
Isso é sorte ou azar?
Tentei tomar
Não quis largar
Meu amuleto... tão forte
Não vá soltar.


Laís Correia
05/05/2012

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Fogo e cinzas

Minhas emoções já não aguentam mais
O que era faísca se alastrou
Ventania veio e não soprou
O fogo abriu asas pra minhas asas
E visitou o céu cor opala.
Cinzas...
O fogo se transformou em cinzas
Estou recolhendo-as com minhas próprias mãos
Ventania veio e não soprou
Estou com as asas queimadas
Talvez não consiga mais voar
Os pés pisam o chão, agora
Cor cianita.


Laís Correia
03 / 05/ 2012



domingo, 26 de fevereiro de 2012

Mar ia

Sob a luz do lampião vou lembrando daquele dia
Quando deu na telha de ir prás bandas da Bahia
E de repente esbarrei na senhorinha Maria
Me dizendo que me dava acarajé e mais tudo que eu queria.

Acabei te dando uma flor e o meu amor
Me derreti todo com o seu calor
Enamorado com sua beleza e cor
Não queria mais voltar pra minha vida de dor.

Mas olhem que história embolada
Não é que a minha mulata assanhada
Num dia desses como não quer nada
Me contou que era casada.

Dei um pulo e me endureci todo
Fiquei muito bravo,furioso
Não engana assim o macho caboclo
Que até as estrelas prometeu com tanto gosto.

Vou embora,lá vou indo
Me embrenhando pelo mar Pacífico
Com o coração feito animal nascido
Precisando de colo e abrigo.

Quem sabe no fundo desse mar eu encontre um tesouro
Não precisa ser prata nem ouro
Quero um amor feliz e duradouro
Longe de amargura e de agouro.

Laís Correia
26/02/2012

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Quero - não quero

Como escapar de uma paixão?
Mutilando ele?
Afogando?
Sei lá
Qualquer coisa que não me faça ficar assim
Neste quero - não quero.
Tento ser forte
Mas não resisto
Fico louca
Parece que não tenho razão
Falo ao coração:"Dá uma trégua"
Mas é uma criança
Me desobedece.
Queria está imune
E não acordar as minhas lágrimas
Para este sentimento
Que corta e mata
Quando tudo dá errado
Que dá luz e vigora
Quando te tenho ao lado.
Quão rebelde é essa vontade
De te ter no meu colo
Preciso resistir, no entanto
Não sou de pedra
Mas posso ser forte
Não posso dar vazão ao meu desejo
A não ser que o juiz bata o martelo
E a razão venha a fazer as pazes com a emoção.

Laís Correia
16/01/2012


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Es.co.lha

Es.co.lha
Ato ou efeito de escolher
Preferência. Múltipla escolha:
a,b,c e d
Você marca um x
Depois vem o resultado
E as consequências
De uma escolha certa...ou errada
Prova de fogo.

Al.ter.na.ti.va
Ação,direito,liberdade de alternar
Opção entre duas ou mais coisas e pessoas.
O que se escolheu?
Arriscar!
Essa foi a escolha mais sensata que já fiz.


Laís Correia
09/01/2012