sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Como as borboletas

Sonhos vagos sem nenhum vigor
Abdico da minha ilusão em favor à realidade
De tinta fresca
Que se borra, que se chora, que se corrompe
Mas é realidade
Espalmada, escancarada
E pesa uma tonelada
Eu peso uma tonelada.
E os sonhos...
Leves como meu sono
E fugidios como as borboletas.



Laís Correia (30-10-2013)

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Me balança

Suas mãos me pega e me balança como uma gangorra
Me sinto livre, me sinto presa e crio asas estáticas
Vou embora, volto e não saio do lugar
Me balança forte como a leveza do vento
Encho o peito, solto e dou um salto
Meu corpo não tem outro destino
Que não seja em seus braços.



Laís Correia (15/07/2013)

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Escrevendo lamúrias


Sou uma poetisa e vivo só
Escrevendo lamúrias
Em vermelho e cinza.
Sou de carne, osso e imaginário
Querendo um lugar mais verde possível
Em que eu possa encontrar comigo
Ou colorido
Seja no Egito ou Pelourinho
Em que eu possa descobrir amigos
Ou outro tipo de vínculo.

Precisava de um afago

Outra vez
Abrir os olhos e chorar
Não quero mais essa manhã.




Laís Correia (22/05/2013)


sexta-feira, 12 de abril de 2013

Sem visão

A luz que um dia acende, apaga
Fico sem visão
E agora tudo em meu redor parece me atingir
Não tenho como me mexer
Posso cair em um buraco
Não tenho como falar
As pessoas podem não me ouvir
A escuridão que por ora me acompanha
Me impede de pensar.
Me sinto perdida
Sem aquela luz que me dá vida.


Laís Correia (12/04/2013)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Pagando o preço

Pago o preço por ser diferente
Razões não são aceitas
A ti são incompreensíveis
E ouço um choro longínquo
Pranto futuro, dor
Planto futura dor
Com machadadas de solidão.
Hão de entender
Quando meus olhos não mais amanhecerem
Que por não ser igual
Eu segui sozinha
Mas razões eu tinha
Incompreendida fui.
Minha estrela brilha diferente no céu.



Laís Correia
11/01/2013