quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ausência

Ninguém
E o meu coração esvaziou-se
Meu corpo projetado em uma cadeira
O meu olhar fixado em um ponto
Busca um itinerário imaginário
E os fantasmas figuram as minhas fantasias.
Sinto uma dor no peito
Cada vez mais profundo
A cada segundo.
A alucinação
Encantada com a minha tristeza
Me oferece um copo de uísque
E uma transa.
Ainda sentada no aposento rústico
Começo a delirar
Sentindo o frio da sua presença-ausência
E o gosto amargo do uísque
Por não ter provado do teu sabor.
No ápice do meu orgasmo
Meu corpo gelado abraça o chão.
Ninguém
E o meu coração perdeu-se.

Laís Correia
07/09/2011




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