sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Berço negro




Marcada por cicatrizes seculares
Nascida no ventre da mãe Brasil
Tenho nas mãos cheiro de pimenta e dendê
E nos pés o samba faceiro
Sou negra
Eu não tenho cor
Sou de todas as cores
Arco-ires noturno
Histórias de outrora
Deixaram marcas,mas não deixaram lágrimas.
Dentes preluzem na escuridão
Batuque ecoa pelos ares
Negro venceu o inexorável
É tempo de comemorar!

Laís Correia

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