sábado, 5 de março de 2011

Crise poética

Desculpem-me a falta de palavras
Neste momento estou sem cerébro e sem alma
Um rosto sem expressão
Uma moldura sem o retrato
Apenas um casco.
Ave sabedoria!
Dai-me a sua fúria de querer mais
Ânsia de abundância que eu tinha outrora.
Sensibilidade...
Esta ainda me resta
Mas as palavras me faltam
Fico assim,sem ferramentas para trabalhar.
Deixai que as flores brotarão novamente
E aí versificarei lépida e intensamente
Mas por ora
A única palavra que me faz companhia
É o não.


Laís Correia
21/02/2011

Um comentário:

  1. Quando se quer tanto dizer, parece sua caneta ficar muda!

    O silêncio das palavras, perfura algo que não é seu corpo... sangra lágrimas ocultas...

    Gosto muito dessa escrita perdida... "A única palavra que me faz companhia É o não."

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